quarta-feira, fevereiro 27, 2008


Uma história inacabada ou não existem correntes

Não sei há quanto tempo renunciei a ti, nem sei se aconteceu no preciso momento em que te vi, com olhos de ver. E os teus olhos reflectiam o meu olhar. Mergulhávamos ambos na vertigem de um amor que não querias possível. Se calhar eu ainda acreditava e via os malmequeres da mesma cor que tu. Eram azuis, vermelhos,... ? Já não me lembro!

A minha renúncia foi crescendo, agigantou-se com o tempo e este fosso que existe no meu coração, alargava-se e doía, dói imenso.

Já não tenho coração. Partiu-se, partiu para longe quando nos recusaste e eu, mansamente, afastei-me.

Lembras-te de quando víamos o mar? Tu olhando, eu vogando para longe, distanciando-me do porto de abrigo que julguei seres.

- És-me fiel?-perguntaste-me.

Disse-te que sim porque não me ocorreu outra resposta.

Sim, sou fiel, fiel a mim mesma. Percorro esta estrada que sempre foi minha e onde nunca passaste porque o meu destino nunca foi o teu e nunca fomos capazes de ter o nosso.




5 comentários:

bettips disse...

Todos os anos, cedo, as camélias dançam no Inverno.
E todos os amores perdidos se parecem.
Bjinhos

despertando disse...

Hje da minha janela vi o sol....
É bom ter-te de volta.
Continua a ser fiel a ti própria.
Beijinho grande.

carpe diem disse...

Amiga... Bonito, gostei imenso... :)

beijo...

Anónimo disse...

Vejo-a dentro de uma bola de vidro, triste e aleatória como um peixe, às voltas sobre si mesma,a olhar para o mundo cá fora,e sinto que deve estar tão sozinha como eu.A vida ensinou-me a não olhar para trás porque é um exercício estéril e inútil que só rouba mais tempo e que não serve para nada.O amor fiel vence a vida!

a disse...

Voltaste à estrada, que bom, tens tanto caminho a percorrer.