Falava de poesia com uma amiga e da minha admiração por Natália Correia.
Aqui deixo o seu auto retrato.
Auto-retrato
.
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
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Natália Correia
Poesia Completa
Publicações Dom Quixote
1999
11 comentários:
:)...
beijo...
Também gosto da Natália Correia.
Um beijo
Olá
Por acaso ja tinha lido...
Boa semana
**beijo**
Incontornável... Natália, também gosto.
Perfeito, não é ?
Por vezes fêmea. Por vezes monja. (...) E aos pés um coração de louça/ quebrado em jogos infantis.
A falta que aquela mulher faz.
Beijos.
O mal (dos corações frágeis) das mulheres. Esta era no resto TODA rocha. Gostamos de nos rever. Bjs
Beijinho grande para ti...
Eu estou aqui...
Bonito auto-retrato da Natália Correia.
Bonito tb o teu comentário no LT, coitado que anda por um fio...não sobra tempo...giro à volta de tanta coisa! Não estica, o tempo, não estica!
Um beijo amigo, grande.
:)
Poesia e da boa.
nós os cães somos seres muito mais simples!!
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