domingo, setembro 03, 2006

Jardim dos Poetas

AMOR COMO EM CASA

Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa.

Faço de conta que não é nada comigo.

Distraído percorro o caminho familiar da saudade,

pequeninas coisas que me prendem,

uma tarde num café, um livro.

Devagar te amo e às vezes depressa,

meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,

regresso devagar a tua casa,

compro um livro, entro no amor como em casa.

Manuel António Pina

8 comentários:

Teresa Durães disse...

Não conheço nem o parque nem o poeta... vergonha....

Mas gostei de o ler.

Bom domingo

butterfly disse...

O Parque é muito bonito.
Uma boa proposta para um passeio de Domingo.
Quanto ao poeta, não conhecemos tudo e estamos sempre a aprender.
Boa semana. Eu vou de férias, para a próxima semana.
Abraço

nnannarella disse...

Eu conheço ambos, mas frequento muito mais o poeta.:)

Li o que respondeste abaixo sobre as subidas e descidas...
Por acaso tenho um fraco imenso por montanhas. Símbolo de sabedoria. No sentido de "harmonia" e de "serenidade".
Não conheço o livro de que falas. Procurarei algo na net.

Mas gostei muito do que escreveste sobre o "ler", lá no meu canto. Concordo contigo e é assim que eu leio também. Mas é evidente que, por "deformação profissional", sinto gozo em identificar certas técnicas de escrita, recursos, efeitos, ou características de um discurso. Já há muito tempo que tinha falado à Isabel dos oxímoros e das aliterações, entre outras coisas que ia identificando nos seus poemas. Ela também não sabia o que eram, mas achou-lhes graça e até começaram a fazer parte do seu discurso. E eu também, embora de Letras, não conheço todas
as palavras; sobretudo aquelas que não fazem parte do meu universo mais familiar, como por exemplo, "quântica". Mas é uma palavra de que gosto à partida. Talvez por ser esdrúxula, talvez por ser misteriosa.

E não te preocupes em deitar achas na fogueira, quando se trata de uma discussão que até pode trazer coisas giras, como acho que foi o caso.:)

Anónimo disse...

Eis um poema de que sou fã...é só ler, ouvir a música, deixar-mo-nos envolver...e saboreá-lo infantilmente como se de um gelado de framboesa se tratasse.
Baci,my Butter

butterfly disse...

Rach, exacto! Toda a simplicidade e complexidade de uma vida em comum.
Obrigada pela visita.
Beijo para ti também

butterfly disse...

Nnanna, sabe-me bem aprender, especialmente se aprendo com exemplos concretos.
Quanto à "quântica", não te metas com ela, só te irá trazer dissabores.:)

nnannarella disse...

vade retro quanticanaz!

De tudo e de nada disse...

Ai Pina, que pino deste neste pino do dia. Soubesse eu "pinar" assim não teria de penar o dia a dia.