segunda-feira, setembro 24, 2007


Era uma vez uma menina que vivia feliz.
Tinha como companhia
uma estrela que lhe iluminava a noite
um arco-íris que lhe coloria a vida
uma rosa que perfumava o ar que respirava
uma borboleta que lhe acompanhava o voo.
.
Um dia, quando passeava com a sua amiga borboleta, avistou um campo verde salpicado de malmequeres e papoulas. Era ali que lhe apetecia descansar.
Ao aproximarem-se, reparou que as papoulas espalhadas pelo campo, tinham a cor rubra do sangue e eram os destroços dum coração.
Então, com mil cuidados, ela e a borboleta apanharam os pequeninos fragmentos e colaram-os, com mil cuidados. Imediatamente, o coração começou a bater no seu peito pequenino.
.
Nesse momento percebeu que todo o tempo em que tinha vivido sem coração não tinha passado de uma ilusão, faltara-lhe os afectos.
Agora sim, era feliz!

11 comentários:

Xana disse...

Butterfly, Belo! carinhosa emoção que me enlaça neste momento da noite sem estrelas.

Beijo

Fica um miminho:)
Era uma vez uma caneta que estava sozinha no mundo e sem amigos. Ela vivia numa loja porque ninguém a comprava, mas... um dia, houve uma menina que a comprou. A caneta tinha ficado muito contente por a terem comprado. Certo dia, a caneta teve um sonho. O sonho que a caneta teve foi ser mágica... O sonho que a caneta teve realizou-se. Quando a dona da caneta soube que ela era mágica prometeu que nunca a ia perder. E asssim foi, nunca a perdeu. A menina viveu feliz para sempre com a sua caneta mágica.

Teresa Durães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teresa Durães disse...

Não sabia para onde via, mas já olhava destemida. O mundo ainda estava pintado de cores garridas e tanto havia para ver. Saberia ouvir o vento nesse caminho? Não sabia, se tal acontecesse talvez nunca iniciasse a caminhada. Por isso os Deuses nada nos dizem, deixam-nos nos horrores do desconhecimento. Falo de uma menina que cedo começou a crescer. De tanto querer conhecer sem poder viajar para onde lhe apetecesse, as borboletas começaram a aproximar e segredavam-lhe o que viam. Na aldeia onde vivia passou a ser conhecida por em volta dela parecer ter um arco-íris tantas as cores que a rodeavam. Ela ria-se dos outros e não os compreendia. Se era tão simples falar com aqueles insectos voadores, porque não a imitavam?

A menina não entendia que nem todos tinham as suas capacidades para amar o que a rodeavam e pouco a pouco passou a ser objecto de troça e inveja. Chegou a um ponto que deixaram de lhe falar. Louca, o que era. Mais ninguém era assim. As mães e os pais dos outros garotos começaram a proibi-los de brincarem com ela até ao ponto de esta começar a andar só.

De início a menina nem se apercebeu. O seu mundo era tão grande que as ausências não foram sentidas. As borboletas traziam conhecimento de todos os lados e ela, deitada na relva, escutando-as atentamente, ficava admirada. Outra altura ria-se tanto com a imbecilidade do Homem e tão pouco queria acreditar no que ouvia. Mas as suas amiguinhas juravam-lhe da veracidade da história e todas juntas acabavam em hilariantes gargalhadas.

Por vezes uma ou outra das suas borboletas ia embora e a menina entristecia. Certa altura aparecia uma nova de cores e feitios diferentes que se juntava ao grupo. A menina foi crescendo até se tornar uma jovem senhora. Sem se saber porquê as borboletas, pouco a pouco, foram desaparecendo.

Um dia, esquecida desse seu passado e já mulher, olhou em volta. Estranhou. Vazio. Observou as pessoas da aldeia que lhe viraram a cara. Vazio. Que se passava? Sentiu-se perdida e acima de tudo não reconheceu os rostos com quem convivia. A pouco e pouco até se sentiu estranha onde sempre vivera. Como era possível? Nem o homem da mercearia parecia ser quem era; a mulher da fruta apanhara a dizer mal dela. Teria magoado alguém?

Foi para casa triste triste e sem tão pouco perceber a razão. Sempre amara o conhecimento e mais qualquer coisa que não recordava e não percebia a razão desde degredo. Deitou-se na cama e deixou as lágrimas correr enquanto via pela janela o sol a pôr-se. Só.

Tão cedo não saiu de casa. Foi necessário que uma tempestade viesse e fosse embora. O sol acabou por aparecer, os raios reflectidos nas gotículas sobre as folhas. As flores do seu canteiro estavam encharcadas e precisava de fazer um rego. Lentamente caminhou de enxada na mão quando viu uma borboleta a voar. Parou. Observou. Teve uma estranha sensação, não sabia qual.

A mulher que era esquecera-se da natureza.
08-Fev-2007

Mié disse...

Parece que estamos em maré de contos :)


Terno.

Pois, sem "coração" a vida é muito torna-se amarga e desesperançada.

Um beijo

Anónimo disse...

Eu nada tenho a ver com as suas decisões bloguistas, mas sabe que em vez de apagar as mensagens que não quer ver no seu blogue pode monitorizar e só publicar as que desejar?

Evitaria assim algum "mau aspecto" que dá ver escrito
"Comentário eliminado
Esta mensagem foi removida pelo autor."

Quanto ao que escreveu, peço desculpa por não comentar mas ainda não tive tempo de ler.

Teresa Durães disse...

por acaso quem apagou fui eu, autor. quem pode eliminar de vez é o dono do blog. mas sei que nem todos percebemos de informática...

butterfly disse...

Meu caro anónimo eu sei perfeitamente que posso moderar as mensagens. Acontece que faço a gestão do meu blog como quero e bem me apetece.
Se ler como deve ser, diz que a mrnsagem foi removida pelo autor; isso significa que foi o autor da mensagem quem a removeu e não eu.
Já me aconteceu ter removido comentários porque tinha publicado, sem os terminar, por exemplo.

De qualquer forma agradeço a sua sugestão que obviamente não seguirei e que vai permitindo que apareçam, também, comentários anónimos no meu blog.

despertando disse...

Adorei o teu conto e também o da teresa durães, este, fez-me lembrar de alguém que conheço e que teve uma experiência semelhante.
Fica aqui um abraço.
Ainda bem que neste cantinho não de esquecem das pessoas menos informatizadas. ;)

Teresa Durães disse...

lê o email, s.f.f. Porque o mail não chega...

a disse...

E quem precisa de mais quem tem por companhia uma estrela.

Anónimo disse...

butter o teu conto tá mt bonito ximples e bonito mas a "short storie" da Teresa exa tá tocante, é ficcional ou biografica?...poix é os afectos nem xempre xão bem compreendidos e o mundo é um lugar por vexes cinzento hostil a borboletas coloridas...

bjinhox Butter gostei do teu "belogue"