Até que a chuvem vem e vai, rega-as de novo e fortalece-as. As raízes são tudo o que uma árvores necessita para voltar a erguer e devolver as folhas. Olhar de novo o mar sem preocupação se tem ou não lágrimas. Porque a seiva corre por dentro.
Espero que goste, ao que vai de encontro ao teu post. :-)
A folha do choupo
Tremia tanto que o vento a levou tremia tanto como não a levaria o vento lá longe um mar lá longe uma ilha ao sol e as mãos apertando os remos morrendo no momento em que o porto apareceu e os olhos fechados em anémonas do mar.
Tremia tanto tanto procurei-a tanto tanto na cisterna com os eucaliptos na primavera e no verão em todas as nuas florestas meu deus procurei-a.
XXIII
Um pouco mais e veremos florescer as amendoeiras os mármores brilharem ao sol o mar a ondear
um pouco mais para nos levantarmos um pouco mais alto.
Yorgos Seferis poeta grego (1900-1971) PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA DE 1963
Pois, eu sabia que te conhecia... As raízes, sim. Esboroar o torrão e encontrar a raiz escondida, torcida e ténue. Ah mas quando se poderá plantar, em que solo? E que água lhe bastará? E que sol? O teu aceno no meu lugar, fez-me vir aqui acenar-te também. Parecemos extra-terrestres, verdes, com antenas, olhos desorbitados, todos iguais? Temos que fazer um círculo mágico, nosso. E amparar raízes. Estacar feijões. Arranjar uma horta de gente conhecida e amiga. Bjinho
17 comentários:
Até que a chuvem vem e vai, rega-as de novo e fortalece-as. As raízes são tudo o que uma árvores necessita para voltar a erguer e devolver as folhas. Olhar de novo o mar sem preocupação se tem ou não lágrimas. Porque a seiva corre por dentro.
Tudo é efémero.
tá sol!
Raízes
Quem me dera ter raízes,
que me prendessem ao chão.
Que não me deixassem dar
um passo que fosse em vão.
Que me deixassem crescer
silencioso e erecto,
como um pinheiro de riga,
uma faia ou um abeto.
Quem me dera ter raízes,
raízes em vez de pés.
Como o lodão, o aloendro,
o ácer e o aloés.
Sentir a copa vergar,
quando passasse um tufão.
E ficar bem agarrado,
pelas raízes, ao chão.
Jorge Sousa Braga, Herbário (Assírio & Alvim, 1999)
Beijinhos com carinho
hoje acabei o Illusio por isso não dei atenção a ninguém.
beijos e espero que o sol disperte.
desperte (maldita dislexia)
p.s. se quiseres ou quando quiseres ler avisa
http://pjfcorreia.blogspot.com/
Espero que goste, ao que vai de encontro ao teu post. :-)
A folha do choupo
Tremia tanto que o vento a levou
tremia tanto como não a levaria o vento
lá longe
um mar
lá longe
uma ilha ao sol
e as mãos apertando os remos
morrendo no momento em que o porto apareceu
e os olhos fechados
em anémonas do mar.
Tremia tanto tanto
procurei-a tanto tanto
na cisterna com os eucaliptos
na primavera e no verão
em todas as nuas florestas
meu deus procurei-a.
XXIII
Um pouco mais
e veremos florescer as amendoeiras
os mármores brilharem ao sol
o mar a ondear
um pouco mais
para nos levantarmos um pouco mais alto.
Yorgos Seferis
poeta grego (1900-1971)
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA DE 1963
Olá
Bom dia :)
Hummmm...hora de nostalgia?
Gostei do teu cantinho :)
Um abraço
Vim ver a borboleta. Vim ver as fotografias. Vim ver a raiz da ausência. Vim deixar abçs
Um bocado nostalgico mas lindo.
**beijos**
renascem?
Passei por aqui para te desejar uma Feliz Páscoa
**beijos**
Pois, eu sabia que te conhecia... As raízes, sim. Esboroar o torrão e encontrar a raiz escondida, torcida e ténue. Ah mas quando se poderá plantar, em que solo? E que água lhe bastará? E que sol?
O teu aceno no meu lugar, fez-me vir aqui acenar-te também.
Parecemos extra-terrestres, verdes, com antenas, olhos desorbitados, todos iguais? Temos que fazer um círculo mágico, nosso. E amparar raízes. Estacar feijões. Arranjar uma horta de gente conhecida e amiga. Bjinho
e
as poucas folhas
que ainda respiram
suspiram
seus ais.
Acho que me compreendes.
Queres dar-me uma ajuda?
Coelhinho
Onde estás tu que vês sereias?
Bjinho
Olá, borboleta! Abç
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