
Morro Branco - Brasil
Estive a organizar as minhas fotografias de férias. Cheguei às de Morro Branco, uma falésia enorme cortada por um labirinto que não me atrevi a percorrer.
Estranhei o nome; de branco o morro não tinha nada. Havia, isso sim, todas as tonalidades de ocre que, ao cair da tarde, pareciam saídas duma tela.
No meio de tantas fotos lembrei-me desta. De novo me surgiu a mesma analogia. Aquela planta que se arrastava pela areia, na busca de qualquer coisa que não descobri.
Há quanto tempo percorreria a rota que traçara?
Eu, cá de cima feita Deus, ainda lhe disse para não se esforçar mais, pois nada encontraria.
Não sei se me ouviu.
Então pensei na vida de muitos de nós, do esforço da caminhada, dia após dia,... para nada.
8 comentários:
a caminhada é sempre para alguma coisa...
existem sempre razões para ela ser percorrida...
Bj...
Ainda existe a poesia!
Existe a poesia e felizmente vou-me lembrando de mim, do que amo, de quem amo e dos meus voos rasantes.
não é um discurso um pouco destrutivo?
- Não vás, não alcanças!
- Como sabes?
- Nada ali está
- Tu não vês mas também não sabes o que procuro...
foi você que pediu um pacote de açúcar ? :)
Não "batam" mais.
Há dias em que os caminhos estão cheios de lama e não me apetece percorrê-los.
Porque não percorreste o labirinto da falésia do Morro Branco, não descobriste que essa planta que se arrasta pela areia procura, penosamente, a sua fonte de vida - a água. E vai encontrá-la, em baixo, entre as falésias junto à praia, numa pequena fonte improvisada que jorra pelas paredes das mesmas.
Afinal, parece que o esforço da caminhada sempre vale a pena. Pelo memos, para a planta:)
Pois, Ventania mas ela fazia o percurso inverso e isso é que achei estranho.
O labirinto estava auma enorme profundidade. Só de pensar que poderia haver um deslizamento de areia, fiquei com claustrofobia ou outra fobia qualquer.
Beijito
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